É o fato ou acontecimento de interesse jornalístico. Pode ser uma informação nova ou recente. Também diz respeito a uma novidade de uma situação já conhecida.
Texto predominantemente opinativo. Expressa a visão do autor, mas não necessariamente a opinião do jornal. Pode ser escrito por jornalistas ou especialistas de áreas diversas.
Reportagem que traz à tona fatos ou episódios desconhecidos, com forte teor de denúncia. Exige técnicas e recursos específicos.
É a interpretação da notícia, levando em consideração informações que vão além dos fatos narrados. Faz uso de dados, traz desdobramentos e projeções de cenário, assim como contextos passados.
Texto analítico que traduz a posição oficial do veículo em relação aos fatos abordados.
É a matéria institucional, que aborda assunto de interesse da empresa que patrocina a reportagem.
Conteúdo que faz a verificação da veracidade e da autencidade de uma informação ou fato divulgado.
É a matéria que traz subsídios, dados históricos e informações relevantes para ajudar a entender um fato ou notícia.
Reportagem de fôlego, que aborda, de forma aprofundada, vários aspectos e desdobramentos de um determinado assunto. Traz dados, estatísticas, contexto histórico, além de histórias de personagens que são afetados ou têm relação direta com o tema abordado.
Abordagem sobre determinado assunto, em que o tema é apresentado em formato de perguntas e respostas. Outra forma de publicar a entrevista é por meio de tópicos, com a resposta do entrevistado reproduzida entre aspas.
Texto com análise detalhada e de caráter opinativo a respeito de produtos, serviços e produções artísticas, nas mais diversas áreas, como literatura, música, cinema e artes visuais.
Palácio não respondeu denúncias publicadas pelo JC, no jornal e na internet
Publicado em 27/06/2011, às 23h06
Silêncio total. Foi essa a postura adotada pelo Palácio do Campo das Princesas diante das denúncias publicadas no JC e site do JC, no domingo (26), no especial O paraíso às avessas, relatando as mazelas sociais, irregularidades e desmandos praticados pelo poder público em Fernando de Noronha.
Enquanto o site especial foi acessado por internautas do mundo inteiro, tendo quase 80 mil até visualizações até esta segunda (27) e causando grande repercussão e indignação nas redes sociais, o governo passou o dia inteiro sem emitir um único comentário sobre as graves denúncias. A Secretaria de Comunicação comunicou que nem o governador Eduardo Campos nem os secretários se pronunciariam sobre o conteúdo da reportagem.
“O governo do Estado não vai comentar este assunto”, informou o secretário de Comunicação, Evaldo Costa. Apesar das denúncias feitas pela reportagem especial em várias áreas de atuação do poder público, a decisão do palácio foi deixar que a administração de Fernando de Noronha respondesse sozinha aos questionamentos. O detalhe é que o administrador da ilha, Romeu Batista, já havia sido ouvido pela reportagem e as explicações oficiais dadas pelo gestor e seus auxiliares fizeram parte das informações publicadas pelo especial.
Como responsável maior pelo comando da ilha, o silêncio do governador Eduardo Campos e de todo o secretariado deixou sem resposta uma questão fundamental. Até que ponto o governo tinha conhecimento das irregularidades, desmandos e abusos praticados no arquipélago? A pergunta foi feita à assessoria do palácio, logo no início da manhã de segunda (27), mas não houve qualquer resposta sobre o assunto.
Às 20h, a administração de Fernando de Noronha, seguindo a orientação do Palácio, encaminhou nota, em que compara a reportagem a uma “obra de ficção”. “São inumeráveis os equívocos e afirmações sem base, sem mencionar as alegações delirantemente fantasiosas, tudo contribuindo para dar ao texto da reportagem um ar de obra de ficção”, diz a nota.
Para justificar a inclusão do nome de um professor morto na lista de beneficiados pelo programa Escola integral, a administração alega que o docente trabalhou no período de 12 de fevereiro a 10 de março do ano passado. O professor em questão faleceu no dia 11 de março, segundo informou o comando da ilha.
O que a nota não explica é o fato de o nome do docente constar como beneficiado até dezembro do ano passado, incluindo o direito ao 13º salário, conforme documento encaminhado à Secretaria Estadual de Educação e ao qual a reportagem teve acesso.
Sobre os livros que estão se estragando numa sala do Memorial Noronhense, a administração alega que “são edições dos anos 70 e 80, retiradas da base do acervo da Biblioteca Escolar por já se encontrarem vencidos e em desuso”.
A nota se confunde e diz que a reportagem afirmou que o serviço de contratação de lixo de Noronha custará R$ 11 milhões. O primeiro parágrafo da matéria sobre a licitação do lixo, publicada no especial, diz exatamente o contrário. Diz que R$ 11 milhões é quanto a ilha quis pagar, mas o Tribunal de Contas do Estado (TCE) viu indícios de superfaturamento e cortou o valor em 30%.
Em linhas gerais, os esclarecimentos feitos pela administração repetem as mesmas explicações que já haviam sido dadas e publicadas no caderno.
Leia mais na edição desta terça (28) do JC
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