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Músico ficou conhecido pelos arranjos que fez na década de 1980 para artistas como Fagner, Simone, Gilberto Gil e Gal Costa
Publicado em 14/01/2015, às 12h36
Falecido ontem, no Rio de Janeiro, o produtor, arranjador e músico Lincoln Olivetti, que faria 61 anos em 2015, foi um dos mais notórios exemplos de revisionismo crítico da história recente da MPB. Satanizado nos anos 1980, sob acusação de padronizar a música brasileira, breganizando estrelas como Fagner, Simone e Gal Costa, com o parceiro Robson Jorge (1954/1993), Lincoln passou a década de 1990 trabalhando longe dos refletores, e foi redescoberto e revalorizado a partir de meados da década passada, tornando-se referência para jovens produtores como Kassin, com sua participação em disco sendo disputada e apresentada como trunfo, pelos artistas.
Lincoln Olivetti, nasceu em Nilópolis, na Baixada Fluminense, onde iniciou os estudos musicais aos seis anos. Mais tarde ingressaria na Escola Nacional de Música, para um curso de maestro, que não chegou a concluir. No começo dos anos 1970, formou um conjunto de baile bastante requisitado na baixada. Vendeu o equipamento que acumulou como músico e viajou para os Estados Unidos com US$ 5 mil. Voltou para o Brasil com teclados de última geração, com que passou a tocar e a produzir músicos no Rio. O primeiro foi Antônio Marcos (músico talentoso, adaptou o hit Rock your baby, de George McCrae, rebatizado de Black coco (do impagável refrão: “Black coco/ black cocota”), um sucesso mediano na era disco nacional.
No anos 1980, reinou absoluto na música brasileira, produziu e tocou com os principais artistas da MPB, Gilberto Gil, Simone, Gal Costa, Guilherme Arantes, Caetano Veloso, Fagner, sem escapar nem os considerados “alternas” de então. O guitarrista Sérgio Batista, dos Mutantes (em seu primeiro disco solo) e Lucia Turnbull. Uma de suas inspirações foi o funk do Earth Wind and Fire, imensamente bem sucedido no começo da década, cujas influências estão em Realce e Luar, de Gil. Inevitavelmente algum adjetivo, ou locução adjetiva, acompanhava o nome do produtor quando era citado na imprensa: “Uniformizadora engenhoca eletrônica do tecladista Lincoln Olivetti”, diz um critico.
Produtor independente, que conseguiu montar o mais sofisticado estúdio do Rio, Lincoln Olivetti tinha como principal parceiro Robson Jorge, uma contraparte na dupla de compositores Sullivan & Massadas, também algo de críticas, sob alegação de que implantaram uma linha de montagem de canções popularescas na MPB, gravadas por nomes como Fagner, Simone, e Gal Costa, e Gilberto Gil (Luar foi um de seus discos mais fustigados pela crítica da época), mas incursionando pelas mais insuspeitas vertentes da MPB, como na edição do Asas da América, de 1981, que teve faixa com arranjos de Lincoln e composições de Sullivan e Massadas.
No entanto, com a volta do interesse pelo LP, produtores e artistas redescobriram Lincoln Olivetti, e ele passou influenciar músicos e produtores. O álbum que gravou com Robson Jorge, malhado nos anos 80, tem arranjos copiados, e o vinil é bastante disputado. Naquela época, Olivetti comentava sobre a própria fama: “Para mim o auge não existe. É uma mentira. Há sempre um músico que vai te ensinar, de quem você vai absorver algumas coisas boas”.
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