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O 24º álbum do carioca foi apresentado ao público em um almoço com direito a muito samba e clima de conversa informal
Publicado em 21/09/2019, às 06h00
RIO DE JANEIRO* – Com quase 40 anos de carreira, e 60 de idade, ouvir um disco de Zeca Pagodinho diz muito mais da essência do Jessé Gomes da Silva Filho antes de qualquer holofote que ilumine seu nome artístico Brasil afora. O cantor e compositor carioca entregou na última terça-feira (17) para seu público – nas plataformas digitais e versão física – o 24º álbum de sua trajetória, intitulado Mais Feliz (Universal Music, 2019).
A prova da simplicidade que envolve cada uma das 14 faixas inéditas está na forma que ele escolheu para divulgar este novo trabalho: uma conversa informal no Bar do Zeca Pagodinho, localizado em um shopping da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Lá, o sambista e dono do empreendimento recebeu alguns jornalistas para um almoço especial regado ao famoso “leitão de Xerém”, nome do prato suíno referente ao bairro distante da capital fluminense, onde ele não abre mão de viver até hoje.
Após a refeição com mesa farta ao lado do cantor, Zeca Pagodinho explicou porque estava na hora de apresentar um novo trabalho. “Fazia quatro anos que não gravava. Eu fico com vontade de gravar, os compositores também, e juntamos um repertório muito bom. Eu voltei a compor aos 60 anos, tenho que estar mais feliz, né?”, conta Zeca mencionando a faixa título do álbum, que tem a produção de Rildo Hora e arranjos de Mauro Diniz.
Com a mesma festa e humildade que ele recebeu a imprensa, Zeca Pagodinho relatou a escolha do repertório: “É como a gente sempre escolhe. É na minha casa, no meu quintal. A rapaziada vai toda para lá. Muita comida, muita bebida, e cada um (compositor) canta duas ou três músicas. Dali eu vou passando, vou ouvindo... E quando vejo que o povo empolgou muito, eu vejo que ali está um sucesso”.
E pelo visto, Zeca se mostra bem de ouvido no resultado final. Além da própria Mais Feliz, o álbum agrada com faixas como Não Vou Negar o Meu Amor, Sexta-feira, Enquanto Deus Me Proteja e a divertida Carro do Ovo, que trazem toda a atmosfera de subúrbio não no sentido pejorativo, mas com toda a característica de onde nasce um bom samba raiz. Mas tamanha alegria também abriu espaço para o protesto. Em Na Cara da Sociedade, o artista fala de violência e canta pedindo paz ao Rio de Janeiro. Um clamor que se estende facilmente a todos os cantos do nosso País.
Zeca Pagodinho também aproveitou o novo trabalho para homenagear Arlindo Cruz, seu grande amigo e incentivador. Além de gravar a faixa Nuvens Brancas de Paz, composta por ele, Arlindo e Marcelinho Moreira, o sambista ainda fez uma dedicatória de próprio punho para seu companheiro de samba e de vida no encarte. “O CD é dedicado a ele. É a primeira vez que ele não está comigo como músico, autor, companheiro de trabalho. É bem difícil, por isso dediquei a ele”, coloca.
Horas depois do almoço, o Bar do Zeca Pagodinho foi fechado para amigos, músicos e parentes do anfitrião, para apresentar seu mais novo trabalho. A noite corria solta com muito samba ao vivo naquele espaço mágico, cercado de capas de todos os discos de Zeca, e ambientes que remetem às paixões do músico: Xerém, a Portela e a estátua de São Jorge, seu grande protetor.
Celebrando com Zeca naquela noite, muitos nomes conhecidos: Gominho, Amin Khader, Adriana Bombom, Dudu Nobre, o jogador Adriano Imperador, Diogo Nogueira e Roberta Sá, que deram uma canja no palco. A presença de Xande de Pilares e Tereza Cristina para cantar com o dono da festa marcou que eles também podem ser ouvidos neste novo disco, nas faixas Dependente do Amor e na regravação de Cartola, O Sol Nascerá (Á Sorrir), respectivamente.
Entre cervejas, petiscos e doces que brindaram aquele lançamento, ficou mais que claro: ouvir o disco Mais Feliz, de Zeca Pagodinho, é mesmo uma grande festa. O convite para sambar alegremente por aí está feito: basta colocar o álbum para tocar.
*O repórter viajou a convite da Universal Music.
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